Basta que alguma aula seja realizada nos laboratórios de informática para que se escute os “tec tecs” dos teclados. Pode parecer uma turma de alunos aplicados, mas ao se aproximar da tela se vê orkut, msn, twitter, facebook, entre outras redes abertas na tela. É isso que acontece, pelo menos na Unisinos. Para debatermos o assunto, procurei dois alunos e dois educadores para sabermos como pensam os dois lados da moeda, os que se “beneficiam” e os que “saem perdendo” com o uso dessas ferramentas.
O estudante de jornalismo Lucas Steinmetz da Silva, 20 anos acha que pode ser útil mas que também pode atrapalhar. “Ajudam na praticidade de locomoção. No aprendizado, atrapalham. Não adicionam nada a mais do que o conteúdo presencial, a dinâmica exigida reduz bastante a matéria e não fica completo como o aprendizado convencional”, argumenta.
Já Fernanda Brandão Kern, 18 anos é totalmente a favor do uso dentro de sala de aula. “Ampliam e tornam mais rápidos a busca por informações necessárias e também ajudam a “distrair” durante momentos mais tensos da aula. Tipo, mtas vezes consegui cases ou informações pelo msn ou twitter”, justifica.
Os professores entendem que essas ferramentas podem dificultar o estudo, como é o caso de Carlos Albertp Jahn. “As redes sociais e as ferramentas de comunicação instantânea, em si, são ótimos recursos. Otimizam processos e favorecem a criação colaborativa, entre tantas outras coisas. Porém, a maioria dos usos que vejo nos laboratórios da área 3 são para futilidades e uso para entretenimento. Fora do momento da aula, ou fazendo atividades individuais, tanto as redes quanto as ferramentas são fantásticas. Em aula a coisa complica, pois nunca algum aluno ou aluna conversando com Mário Garcia numa aula de Planejamento Gráfico, por exemplo”, explica o professor da Unisinos.
Outro professor da Unisinos, Pedro Luis Osório, acha que possuem um lado positivo e um negativo. “Ajudam, se bem utilizados. Atrapalham, se usados com venalidade. Como qualquer tecnologia. O twitter é divertido para postar recados espirituosos para a galera; mas se servir só para isso, atrapalha, pois pode ocupar um tempo que seria aplicado em coisas úteis. Mas, além de eventualmente divertir a turma, o twitter pode servir, por exemplo, para que a gente organize, nas suas listas, todos os links de conteúdos úteis de músicas, textos, artigos, fotos, vídeos – e por aí vai. E isso é de grande valia, isso ajuda. Claro, para isso também é preciso seguir pessoas/fontes que venham a ser úteis/interessantes, além de cultivar as nossas relações de amizade” argumenta o professor.
Depois de vermos as mais divergentes opiniões é hora de dar a minha contribuição. Acho que se soubermos usar e dosar o uso e as finalidades desse uso em sala de aula as ferramentas tendem a ajudar mesmo, como foi o caso da realização deste post. As entrevistas foram feitas via web e graças à isso foi possível a atualização deste espaço. Fica a dica para aqueles que não se concentram em aula e ficam usando o orkut: ele não te dará as respostas da prova, por isso, fique atento! 😉 Mas agora, se for um uso num momento saudável, quando não está acontecendo explicação nem trabalhos (que não precisem do seu uso), acho bem digno que seu uso seja controlado.
Segue abaixo o perfil dos entrevistados: